quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Blergh!!!

Nesse ritmo de atualizações não me admira que ninguém lê, ou se lê nem comenta, as coisas que eu raramente escrevo por aqui!!!

Como uma resolução de ano novo precoce comprometo-me a escrever pelo menos uma vez por semana. Desde que comprei um BlackBerry ligar o computador de casa, desde que este voltou a funcionar, tem sido uma tarefa um tanto árdua.

Como não tem me acontecido nada de excitante ultimamente vou falar sobre o meu mais novo fetiche televisivo depois do The Office, The Tudors.

A primeira vez que eu ouvi falar dessa série eu confesso que fiquei empolgadíssima como a idéia de ver o Henrique VIII quebrando o pau com a Igreja Católica pra casar com a Ana Bolena, cortar a cabeça desta última e casar com outras 4 mulheres. Mais legal ainda seria ver as confusões envolvendo os sucessores que seguiram a morte do rei.

Sei lá, geralmente se vê adaptações sobre a vida da Elizabeth I ou sobre o relacionamento com a Ana Bolena, mas dificilmente algo retratando o reinado do Henrique VIII desde o começo. Então, estava ansiosíssima pra ver como que eles iam transpor isso pra tv. Eu já esperava algumas liberdades poéticas e incoerências históricas, mas covenhamos depois de Roma acho aceitável pelo bem da dramartugia (Titus Pullo é o cara!!!).

No entanto, eu não esperava que eles fossem escolher um galã (Jonathan Rhys-Meyers) pra interpretar o Henrique VIII... Por mais que falassem que ele era uma pessoa atlética, a imagem que sempre me vem na cabeça é de um barbudo roliço e não do moço da propaganda da Hugo Boss!!!

Mas pra mim nenhuma liberdade poética/incoerência histórica foi mais bem vinda do que a escalação do Henry Cavill como o Duque de Suffolk... o moço é beeeeeem apessoado pra uma pessoa que nasceu nas ilhas britânicas. =P

Em termos de atuação tem gente muito boa como o Sam Neil (Cardeal Wolsey) e o Jeremy Northam (Thomas More) e outras bem sofríveis como da fulana que faz a Ana Bolena (Nathalie Dormer), por exemplo.

Mas eu estou me divertindo horrores, é puro entretenimento não tem como levar a sério. Só fiquei meio decepcionada por eles já terem (SPOILER!!! pra quem não conhece a história) matado a irmã do rei, deixando o Charles Brandon, Duque de Suffolk, viúvo e sem filhos... o que me leva a crer que, por mais que a série se chame The Tudors, eles não vão retratar na série a sucessão do Henrique VIII. =(

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Estabanada soy yo!!!

Ontem, eu quebrei o dedinho do pé direito ao chutar, sem querer obviamente, o batente de umas das portas de casa. Fato inédito, extraordinário, nã, nani, nanão. Essa fratura veio pra acompanhar as diversas outras que eu tive ao longo da vida. Quando eu ainda praticava esportes regularmente, eu passei mais tempo de licença do que na quadra, tendo já fraturado, luxado, trincado ou torcido, pelo menos uma vez, todos os meus 10 dedos da mão. O indicador da mão esquerda foi o mais prejudicado, tanto que até hoje ele é meio torto.

Eu sempre fui estabanada, passei a infância toda com os joelhos pintados de mercúrio, exibindo hematonas que eu não sabia explicar de onde vinham. Minha tia Dalva até chegou a pensar que as minhas contínuas demonstrações de equilíbrio fossem resultado de pés-chatos. Não são, meus pés são grandes, mas absolutamente normais. Então porque raios eu me machuco tanto? Seria por conta da minha altura? Ou seria porque ao invés de me matricular no ballet minha mãe me colocou pra fazer jazz/dança moderna? Meu único consolo é que com o passar dos anos eu passei a me acidentar menos.

Espero que essa seja a última das agruras que enfrentarei esse ano...

Tropa de Elite

Hoje fui com a Kari assistir o tal Tropa de Elite do qual todo mundo têm falado. Confesso que quando ouvi minha irmã falando sobre esse filme eu não me empolguei muito porque achava que seria mais um daqueles filmes nacionais dos quais se ouve falar muito, mas que não fazem jus a todo bafafá. Enfim, pensei que seria mais um daqueles filmes com cara de novela/mini-série da Globo.

No entanto, minha opinião começou a mudar assim que fiquei sabendo que o meu adorado The Guardian tinha publicado um artigo sobre o filme. Apesar de ter ficado chocada com o fato do artigo falar que a capital do Brasil era o Rio de Janeiro, o burburinho que ecoou do outro lado do Atlântico me deixou curiosa o suficiente a ponto de investir o meu rico dinheirinho num ingresso de cinema.

O filme é realmente muito bom, as cenas de ação são muito bem dirigidas e os efeitos especiais, à primeira vista, não têm cara de defeitos especiais. Apesar das cenas serem chocantes, o absurdo do que o filme retrata não está nelas, mas sim no fato delas serem absolutamente verossímeis. Não há intenção de dourar a pílula, a violência, a estupidez, a pobreza, a exploração, a corrupção e a crueldade está tudo lá de uma forma tão palpável que chega a ser chocante.

Por mais que para o orgulho dos policiais cariocas esse filme seja um balde de água fria, não há como negar aquilo que o filme retrata, não para as gerações acostumadas a verem as reportagens sobre o tráfico na tv. E mais, a narração do ponto de vista do personagem do Wagner Moura consegue, em diversos momentos, sumarizar em poucas palavras o sentimento de indignação, bem como vocalizar certas verdades que muitos, convenientemente, preferem esquecer (que quem consome drogas é tão marginal quanto aquele que trafica).

Gostaria que esse filme fosse capaz de abrir os olhos das pessoas para as atrocidades que ele retrata. Não estou me referindo apenas à violência física, mas à falta de preparo, aos salários ínfimos dos policiais, do sucateamente do equipamento, à pobreza... enfim todos aqueles motivos que todos sabemos enumerar, mas não tenho esperança nenhuma de que isto aconteça.

Só sei que depois desse fime voltei a ter vontade de prestar concurso pra ser delegada, mas como a Kari bem disse "Deus não dá asa à cobra".